sexta-feira, 4 de março de 2011

O lado racista do autor do Sítio


Por Pedro Alves

Ano de 2228. Os Estados Unidos passa por um momento histórico: um negro se torna presidente do país pela primeira vez, derrotando um homem e uma mulher brancos. Esse é o contexto de O Presidente Negro, único romance escrito por Monteiro Lobato, e que agora está sendo reeditado pela editora Globo.

O livro foi originalmente publicado em 1926, em forma de folhetim, no diário carioca A Manhã, com o título O Choque das Raças. Só então em 1946 houve a transferência do título.

Até aí, nada de alarmante, não é mesmo? Mas o livro faz uma grande revelação aos amantes da Narizinho, do Pedrinho e de toda trupe do sítio do pica-pau amarelo. O Presidente Negro revela a simpatia do Lobato com a eugenia, teoria racista que pregava a pureza das raças. Sim meu caro, Lobato militava a favor do racismo, não só ele, mas vários outros intelectuais dos anos 20 e 30.

Em Os Sertões, de Euclides da Cunha, também nota-se a presença forte do racismo. No livro, Euclides reforça a idéia ao afirmar que a guerra de Canudos era o resultado de um processo de degeneração do homem: foi dele que emergiu a loucura de Antônio Conselheiro, e foi por causa dele que o fanatismo prosperou.
 
Fonte: Jornal Três

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