sábado, 5 de março de 2011

Monteiro Lobato, Ziraldo e o racismo maluquinho


Um dos mais importantes cartunistas do Brasil, Ziraldo entrou de forma no mínimo atabalhoada na polêmica do suposto racismo de Monteiro Lobato. Por Hugo Souza


No início do ano letivo de 2010 a prefeitura municipal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, distribuiu para todas as escolas da sua rede municipal de ensino kits contendo, cada um, 107 livros infanto-juvenis: 84 de Monteiro Lobato, o célebre criador do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, e 23 de Ziraldo, ganhador do prêmio internacional Hans Christian Andersen, o “Nobel” da literatura infanto-juvenil. A ação foi muito festejada. Afinal, não é toda criança ou adolescente no país que tem acesso facilitado à obra completa de dois dos principais autores brasileiros do gênero.
Hoje, um ano depois, o orgulho da administração municipal de Campo Grande com sua iniciativa está cada vez mais dando lugar a uma baita saia-justa. Primeiro, a obra de Monteiro Lobato foi colocada sob suspeição após a denúncia de que um livro do autor adotado nas escolas públicas brasileiras desde a década de 1990 contém elementos racistas. Agora, Ziraldo entrou na polêmica de forma no mínimo atabalhoada com um desenho em que ironiza as acusações de racismo dirigidas a Monteiro Lobato e com a explicação controversa que deu para a ilustração.

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